sexta-feira, 3 de junho de 2011

Os novos verbetes do Aurélio

A editora Positivo, em tributo ao centenário do autor Aurélio Buarque de Holanda, publicou no final de 2010 uma quinta obra com novos verbetes.

A novidade da edição é que ela possui um design arrojado. As fontes bem como as cores utilizadas facilitam a visualização dos vocábulos.
O curioso é que foram feitos registros bem corriqueiros em português como:

Bandeide (aportuguesamento do inglês Band-aid, marca registrada de curativo)

Chocólatra (devorador habitual de chocolates)

Data-show (aparelho de vídeo para projeção)

Ecobag (sacola de material biodegradável)

Empreendedorismo (caráter, faculdade ou realização de empreendedor)

ENEM (sigla do Exame Nacional do Ensino Médio)

Flex (motor de veículo capaz de funcionar com dois tipos de combustível ao mesmo tempo)

Mochileiro (quem viaja com pouca bagagem)

Pet shop (loja de serviço para animais domésticos)

SAMU (sigla de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)

Test drive (avaliação do desempenho de um veículo ao dirigi-lo)

Até o mundo digital participou:
·         Blogar
·         E-book
·         Cook
·         Fotolog
·         Spam
·         Tablet
·         Tuitar
·         Avatar

No entanto, o que mais me chamou atenção foi para uma das novas locuções. Pois demonstra a dinâmica da língua na história (diacronia) e em tempo real (sincronia) e valoriza as palavras incorporadas pela sociedade independentemente da classe social a que pertence. Vejamos um exemplo:

Número (...) 
1. Número dois. Forma eufêmica para cocô. 
2.Número um. Forma eufêmica para xixi.

Será um novo tabu da sociedade contemporânea?  

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dica de atividade com jornal

Imagens e Legendas

    Pessoal, trata-se de uma atividade lúdica e bem divertida. Os meus alunos adoraram, principalmente quando fazemos comparações entre a legenda que eles criaram e a exibida no jornal.
    Essa atividade estimulou o desenvolvimento da competência leitora, visual, crítica e ética.

Objetivo: Despertar o interesse do aluno pelas imagens, analisando o conteúdo implícito e sutis, não perceptíveis de imediato.

Orientações didáticas: 

1. Seleção aleatória de fotografias de jornal desconsiderando as legendas.
2. Criar legendas para fotografias.
3.Comparar as legendas produzidas com as exibidas no jornal.

Observação: variação - criar manchetes relacionadas com a fotografia, sob diferentes enfoques.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Curiosidade Etmológica

Algumas palavras são tão corriqueiras que, muitas vezes, é raro pesquisarmos de que lugar se originou. Um estrangeirismo bem marcante aqui no Brasil é a palavra “pizza”.
Muitas pessoas sabem, até mesmo pela grafia, que se trata de uma palavra de origem italiana. Mas fazer um estudo filológico, arqueológico de palavras não é tarefa muito fácil.
Conforme o dicionário Zigarelle, o termo “pizza” aparece no século x, em latim medieval, na região de Gaeta. Nos anos seguintes, é mencionada como termo napolitano para massa de pão que vai ao forno. Os condimentos típicos surgiram de outras regiões e épocas, por exemplo, o tomate (planta americana), o nome está vinculado ao asteca tomatl, internacionalizado pelo espanhol.
Concordando com Viaro, podemos tirar uma lição dessa história, pois nem sempre se deve buscar a origem da palavra na idéia atual daquilo que por ela é nomeado: as pizzas antigas não tinham tomate e, apesar das antigas vinculações à Itália meridional, de onde seriam típicas, na verdade, a palavra vem de local mais distante, nem italiana é.
Destarte, a “pizza”, ao contrário do que se pensava, é alemã. A palavra nasceu entre os povos germânicos, e não na Itália. A língua é assim: Uma dinâmica perfeita! 

terça-feira, 31 de maio de 2011

Visita ilustre na minha aula

    Hoje foi um dia muito especial! Tanto para mim quanto para os meus alunos. Para atender alguns objetivos, recebemos o jornalista Edson Borges para um bate papo.

    As crianças ficaram encantadas e tiraram muitas dúvidas sobre os elementos que compõe um texto jornalístico e sua importância na sociedade.

    Edson deixou os meninos instigados a prática da leitura e produção. Teve até gente que disse que queria ser jornalista. Além disso, o renomado repórter, deixou claro que, independente da profissão que eles querem seguir, precisam está informados. 


O jornalismo na sala de aula

Durante a minha vida escolar, senti muita falta de participar de trabalhos em sala de aula, com textos que circulam socialmente, como jornais, letras de músicas, anúncios, contos, outdoors, poesias e tantos outros gêneros textuais. 
Provavelmente os supostos "educadores" que passaram pela minha vida não sabiam que são esses tipos de textos que oferecem experiência ao aluno para se comportar como cidadão fora do espaço acadêmico. Coibir as crianças e os jovens a terem acesso a textos de circulação social é torná-los não-leitores ou leitores com grandes dificuldades com a leitura e com a visão de mundo.
Foi com essa preocupação que tomei a iniciativa de trabalhar com jornais, revistas, anúncios, entre outros, pois acredito que trazer para o espaço escolar um pouco da vivência cotidiana desses alunos com sua cidade, escola, sua casa, com clube de futebol favorito, com fatos que acontecem no Brasil e até mesmo o mundo vão fazê-los refletir sobre sua vivência quanto cidadão, a fim de abrandar a distância entre o que se faz no ambiente escolar e o que se exige socialmente.
Logo, a leitura do jornal em sala de aula constitui uma ponte entre a escola e o cotidiano, aproximando o aluno da realidade e oportunizando uma leitura crítica do mundo.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Despedida do trema


Magnífico!!! Não sei quem registrou, mas quem assina é o TREMA... É uma tremenda aula de habilidade criativa e boa disposição de espírito, por sinal, com acentuada inteligência. O resultado não poderia ser outro: uma aprazível leitura... 





  Despedida do TREMA: Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos. Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!... O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. O dois pontos disse que sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé. Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "Kkk" pra cá, "www" pra lá. Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo de medo". Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!... Nós nos veremos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na história. 
Adeus, Trema!!

domingo, 29 de maio de 2011

Um texto de Stephen Kanitz

Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.
Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim". Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

Stephen Kanitz
Artigo publicado na Revista Veja, edição 1705, ano 34, nº 24, 20 de junho de 2001, pág.22

sábado, 28 de maio de 2011

4º Festival de Sanfoneiros

Uma noite regada a uma belíssima música regional, na quinta-feira (26/05/2011), alegrou o município de Feira de Santana. 
Tanto o CUCA, UEFS, e todos os responsáveis estão de parabéns pelo evento. Mais do que um festival!!! Promoveram a cultura regional.

Depois de um bom tempo....

Depois de um bom tempo resolvi voltar a "blogar. Espero que esse espaço torne-se agradável....rsrsr

ABERTURA DE INSCRIÇÕES PARA SELEÇÃO DE APOIO PEDAGÓGICO DO CURSO PREPARATÓRIO PARA ACESSO À EDUCAÇÃO SUPERIOR - PROJETO UNIVERSIDADE PARA TODOS

Confira o 2° Edital de Seleção para Apoio Pedagógico do Programa Universidade para Todos (UpT).